quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Não jogue, se jogue

Já me deram milhares de conselhos e dicas para um bom relacionamento. Regra número 1: Deixe ele sempre em dúvida em relação aos seus sentimentos, não demonstre demais. Regra número 2: Você tem que ser ruim e, fazer ele comer na palma da sua mão. Regra número 3: Você tem que pisar nele, cuidar dele na rédia curta. Sempre escuto isso, de amigas, de mães de amigas, de mulheres de todas as idades. Não concordo com elas. Tô errada eu? Tá errada elas? Ninguém sabe. Mas sei lá, não acho que exista uma fórmula certa pra essas coisas. Sou adepta ao: não faça para os outros, o que você não quer pra você. Definitivamente eu não vou pisar em alguém, ser ruim ou ser fria, pra esse alguém me dar um pouco mais de carinho. Não vou mudar, fingir ser outra pessoa pra alguém gostar mais de mim. Sempre fui intensa demais, pular de cabeça em um relacionamento pra mim nunca foi problema. Não sei fingir indiferença, deixar a pessoa em cima do muro é muita covardia. Se eu gosto, mesmo que minha boca não fale, meus olhos me denunciam. Fazer joguinhos pra alguém virar meu capacho, pra mim não dá. Sou muito boa, comigo e com os outros, essa é minha essência. Pisar em alguém, é muita palhaçada. Não tenho saco pra isso. Cada um, é cada um; tem homem que até gosta de toda essa farsa, que gosta de ser feito de troxa, que se apaixona e vira cachorrinho nas mãos da namorada que se julga a esperta porque consegue segurar um homem. Não to aqui pra julgar ninguém, aliás, a vida dela deve ser bem mais fácil que a minha. Mas eu não acredito que pra alguém gostar de mim, eu tenho que armar esse circo todo. Não preciso usar mil máscaras, camuflar meus sentimentos, disfarçar minhas vontades. Não vou segurar homem nenhum; ele fica se ele quiser, a porta está sempre aberta. Mesmo que ver alguém indo embora me doa, prefiro ele bem longe, do que apaixonado por alguém que não sou eu. Não vou fazer todo esse teatrinho, e construir um relacionamento em cima de meias verdades. Dizem que relacionamentos são complicados. Pra mim, são as pessoas que complicam.

Amanda Sanches

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