Não
gosto de incertezas. Talvez, quem sabe; me consome muito. Odeio ficar
em dúvida. Eu gosto do que é certo, de ter certeza: sim, claro, não,
nunca; problema resolvido, sem expectativas. Odeio homem machista que
proíbe sua mulher de usar roupas curtas, enquanto compra revista de
mulher pelada pra ver aquilo e muito mais, que quer que sua mulher
esconda. Não suporto mulheres que mostram em posições
ginecológicas até o útero, fazem tudo com todo mundo, perdem o
mistério, ridicularizam a imagem da mulher e ainda querem exigir
respeito. Tenho pena de quem banaliza o amor e acha que um litro de
vodka vai resolver todos os seus problemas. Tenho mais pena ainda de
quem prefere a liberdade e não quer se envolver; pra mim, isso é
desculpinha de quem tem medo do amor, porque amar exige maturidade.
Tenho verdadeiro horror ao preconceito e a discriminação; a cor da pele
não define o caráter; ter dinheiro não te faz melhor que ninguém. O
dinheiro pode até comprar tudo, mas não melhora quem por dentro não tem
nada. Acho ridículo as expressões: 'pegar', 'catar', 'dar', 'comer'.
Pegar a gente pega uma gripe, um ônibus, um avião. Catar a gente cata o
lixo e põe pra fora. Dar a gente dá um abraço, dá um beijo. Comer é pra
comida. Falar que vai comer alguém, pra mim é muita cafajestagem. Quem
come gente, é canibal. E pra quem não sabe, canibalismo é crime. E tenho
dito.
Amanda Sanches
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