domingo, 13 de novembro de 2016

Dias felizes


Descobri que estou na melhor fase da minha vida. Depois de alguns tropeços, erros e palavras em vão, entrei em uma fase tão gostosa, tão batalhada, sabe? Porque se tem alguém que merece esse sossego, esse alguém sou eu. Só Deus sabe por onde andei, tudo o que vi, ouvi e o quanto eu senti. Só Deus mesmo, que esteve comigo em cada partida. E quase como num passe de mágica, eu amadureci. Chega uma hora da vida que a gente precisa parar de se lamentar; é seguir em frente ou nada mais. E foi assim, eu acordei, abri a janela do meu quarto e vi um dia lindo, um céu azul, a brisa batendo de leve nos meus cabelos, uma sensação gostosa de liberdade e aquela certeza de que não há mais tempo pra nada, além de ser feliz. Só quem já passou por dias cinza, sabe dar valor aos dias de sol. Mandei embora aquela nuvenzinha negra que pairava sobre minha cabeça e dei mais uma chance a vida, mas principalmente, dei mais uma chance a mim. Porque eu sei que mereço, e mereço muito. Confesso que demorei bastante pra chegar até aqui, dia após dia fui conquistando uma leveza, uma calma que jamais pensei que existisse. Conheci tanta gente bacana nesses últimos meses, tantos lugares novos que fizeram parte desse meu crescimento. Não existe nada mais gratificante, que encontrar amigos que te ajudem a carregar o fardo colocado sobre os seus ombros. E eu encontrei, e eles foram me ajudando, tirando aos poucos o peso e de repente eu me senti tão leve, tão livre, que não consigo me lembrar em que lugar do caminho que eu me vi liberta e feliz. Descobri que há tanta felicidade espalhada por aí, em forma de amigos, lugares, livros e família, que hoje eu já não me importo se a minha sexta-feira vai ser em algum lugar badalado rodeada de amigos, ou se ficarei em casa, na minha cama quentinha assistindo minha série preferida sozinha, porque aprendi mais do que nunca a gostar da minha própria companhia.

Amanda Sanches

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