Essa é a primeira-e-provavelmente-a-última-vez que escrevo para você.
Não quero te ofender, te deixar chateado ou coisa parecida. Não, não to
escrevendo com o intuito de te magoar. Quero continuar sua amiga,
independentemente do fim dessa história. Mas queria te dizer que pra mim
já deu. É isso mesmo, cansei, desisto, estou abandonando o nosso barco,
prefiro ficar à deriva em alto mar do que gastando minhas forças
remando em direção à lugar algum. Porque se quer saber, é essa a visão
que tenho do nosso relacionamento e do rumo que ele está tomando. Não
aguento mais sua conversa fiada, não suporto mais você se fingindo de
bom samaritano, não tenho mais saco para você e suas mentiras. Você é um
cara legal, simpático, bonitão, não vai demorar muito para aparecer
meia dúzia de menininhas interessadas em você. E espero que com elas,
você não cometa os mesmo erros, espero que você não consiga broxar elas
com mil palavras e zero atitude. Abandono esse barco, porque não suporto
sua mania de querer ser o capitão. Desconfio que quem fala sempre
certo, na prática faz tudo errado. Tô de saco cheio de você e das suas
histórias de “como sou maduro” ou de “como sou experiente, vivido e sei
tudo sobre o mundo”. Sinto muito, mas você ainda tem que aprender muito,
principalmente quando se trata de relacionamentos. Porque se não sabe,
namoro é coisa séria, não é chamar de amor e achar que tá tudo certo;
não é dizer eu te amo e achar que tudo foi resolvido. Namoro é bem mais
que isso, namoro é presença, é conversa, é beijo,é abraço, é carinho.
Namoro é estar junto, é ver a pessoa sempre que puder, é sentir saudade
quando longe. Namoro é abrir mão de algumas coisas e abdicar de tantas
outras pelo o outro. Não é apenas receber, mas também doar. E eu já não
tenho tempo e nem paciência para te ensinar nada disso. Meu tempo não se
mede em relógio, e a vida lá fora passa voando, me convidando para
tantas oportunidades, para tantos sorrisos que me privei por estar ao
seu lado. Me desculpe se não superei suas expectativas em relação a
mulher ideal. Me perdoe se não fui uma boa companheira, ás vezes, não
sou uma boa companhia nem para mim mesma. Sinto muito por não sentir
quase nada. Foi mal.
Amanda Sanches
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